sábado, 29 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Farrapo velho
Tudo o que limpas e' po'
Pousado em tempos esquecidos
Passados outrora rejubilados
Pousas inerte sem medo
Afugentando o calor do tempo
Camada inerte e maldita,
Coabita com os anos
Farrapo velho
Nao passou o tempo por ti?...
Deixa repousar quem morre
Farrapo velho...
Tudo o que limpas 'e p'o
sábado, 15 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Vamos cometer uma loucura...
Vamos cometer uma loucura...
No fim da noite...
Encontro o passado esquecido
Nuvens devolutas de silencio
Fugazes cores de uma infancia
Trejeitos de sons...
Por explorar,
No fim da noite...
Revelacoes de um futuro
Renascimento envolto em
Penumbra
Ansiedade de um momento
Prazer imaculado
No fim da noite...
Sonhos retornados,
Ganham vida
Semente lancada `a terra
Ansia de a ver florescer
Quem ir'a colher o fruto
No fim da noite...
O breu instala-se sereno
Parcas palavras recolhidas
Na minha boca
No fim da noite...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
DEZ MINUTOS
Dez minutos na nossa vida não parece grande coisa mas se todos os Portugueses parassem dez minutos na sua rotina normal e obrigassem o país a parar de certeza que a nossa vontade seria levada a sério.
Onde estas?
Por entre duvidas e certezas
Alucinei meu ser em devastos pesadelos
Um beijo soltei em parte incerta
Ao longe a miragem de um por-do-sol
Meus sonhos fogem...
Sentado `a beira mar
Espero por um sinal
Estou aqui tao perto e nao me ves
O beijo retorna sem resposta
Onde estas?
Afundo a minha cara nas minhas maos
Lagrimas desgovernadas eclodem
A areia aceita as pequenas gotas que caem desamparadas
Vento sereno embala-me docemente
Olho em direccao do firmamento...
O meu desanimo solta-se
Onde estas?
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
A estrela Sibilina
Era uma vez uma estrela que decidiu soltar-se do céu, dizia ela que se tinha fartado de iluminar todas as noites as pessoas que olham admiradas para elas. Queria ver como era o céu visto da terra, as suas irmãs estrelas tentaram em vão que ela mudasse de ideias mas Sibilina, (era o nome desta estrela teimosa), queria com toda a força soltar-se do seu ganchinho que a prendia ao céu e deixar-se cair até parar no chão.
- Sibilina, deixa-te de ideias parvas, as estrelas não podem ir para o chão.
- E porque não? Eu só queria ver como são aquelas luzes de tantas cores que se vê daqui.
- Estrela marota, tu tens que ouvir os mais velhos.
Já pensaste como depois vinhas cá para cima?
A Lua deixou Sibilina a pensar, mas a vontade era imensa. Era com enorme respeito que a pequena estrela ouvia a dona Lua mas olhando para baixo aquelas luzinhas deixavam-na fascinada, ali em baixo também devem existir muitas estrelas e com várias cores, quero ver como são.
Esperou pacientemente que todas as suas irmãs adormecessem e muito devagarinho com as suas pontas soltou o pequeno gancho que a prendia ao céu e deixou-se cair numa queda suave que parecia nunca mais terminar, a visão de Sibilina do céu era diferente, porque as coisas pareciam tão pequenas de cima e agora eram enormes e sem brilho, afinal já não se viam as luzinhas de várias cores que a enfeitiçavam no seu alto mundo.
Uma das suas pontas espetou-se numa grande árvore …
- Sorte danada, queria chegar ao chão e tinha que ficar aqui no alto, assim como posso sentir a terra.
Conformada com a sua sorte deixou-se levar pela doce brisa do vento que a baloiçava de um lado para o outro. A luz do sol reflectia-se nela e eclodia relampejos doces no céu que pouco ou nada se viam porque à luz do dia o brilho de Sibilina não se deslumbrava.
Com o aproximar da noite Sibilina sentiu um pouco de frio e não conseguiu conter uma pequena lágrima de seu rosto que vinda de uma estrela se transforma em pequenos cristais, lá no alto, ali onde era impossível tocar moravam as suas irmãs, e a dona Lua que amargurada tentava a todo o custo encontrar a luz de Sibilina, mas no meio de tantas era quase impossível.
Sibilina, arrependida do que fez, piscava a todo o custo para que as suas irmãs e a dona Lua a encontrassem. No alto da arvore, Sibilina estava rodeada de pequenas, grandes, assim assim, todo o tipo de luzes e de todo o tipo de cores, mas não eram estrelas o que a rodeava eram coisas esquisitas que não se pareciam com aquilo que ela admirava lá no céu e não se pareciam nem um pouco com ela.
A pequena estrela sentiu-se traída, lá no céu estas luzinhas pareciam estrelinhas que piscavam só para mim mas afinal não passavam de meras luzes esbatidas que me enganaram este tempo todo. Assim, envolta numa grande tristeza, Sibilina adormeceu e como todas as estrelas dormem de dia para poderem brilhar toda a noite, Sibilina adormeceu sob o fardo do cansaço.
Já há pouco a pequena estrela fechou os olhos para momentos depois os abrir num ápice, um enorme alvoroço tomava conta do quintal onde Sibilina aterrou, pelo meio das folhas da enorme arvore a pequena estrela avistou uma menina a brincar com um cão, a brincadeira era uma enorme berraria que acordava de certeza toda a rua que envolvia aquele pequeno quintal, Sibilina resmungava:
-Pelo menos no céu reinava o silêncio…
Por uns momentos a algazarra finou-se e Sibilina curiosa afastava os ramos que lhe tapavam a vista e procurava as causas de um silêncio tão misterioso. A menina encontrava-se de joelhos a apanhar pequenas pedras de cristal que repousavam na base da arvore, o cão farejava incrédulo naqueles objectos e seu olfacto dirigiu-se para o alto da arvore, tinha a certeza que aquelas pedrinhas que a sua jovem dona tinha na mão vieram do alto da arvore, pôs-se de pé com as suas patas apoiadas na velha arvore e começou a ladrar chamando a atenção da dona.
-Que foi Rufos, o que queres…
O cão impaciente saltava sem parar e soltava pequenos gemidos para convencer a dona a segui-lo.
-Lá em cima, mas o que tem lá cima…
A menina afastou-se da árvore e tentava a todo o custo ver o que de estranho se passava na árvore para que o seu cão não parasse de ladrar. Já bem afastada da arvore a jovem menina viu uma luz que tremelicava mesmo na copa, decidida correu para a garagem de casa e com um enorme estrondo aparece triunfante com uma enorme escada que a grande custo arrasta pelo chão até que por fim consegue depois de algumas tentativas encostar à arvore.
-Queres vir Rufos?
A pergunta ficou no ar sem resposta mas a decidida menina subiu a escada para alcançar aquela luz tão estranha.
Sibilina nem queria acreditar, aquela menina estava a subir a escada e de certeza que iria descobrir o seu refugio, o que iria dizer para ela, será que ela me ajuda… Tantas perguntas que depressa se estagnaram, os doces olhos da menina já se encontravam mesmo à sua frente.
-Que estrela tão bonita, mas como vieste aqui parar?
-Fui eu que me soltei do céu…
-Para que? O céu é tão bonito com as vossas luzinhas porque havias de te soltar para vir para aqui?
-Lá de cima as vossas luzinhas também são muito bonitas só que depois descobri que não são estrelas.
-Tens nome ou as estrelas chamam-se por números?
-Chamo-me Sibilina…e tu?
-Eu sou a Joana e o meu cão que ficou lá em baixo é o Rufos, sabes ele tem medo das alturas por isso é que não veio.
-Podes me ajudar, Joana?
-Mas como, Sibilina?
-Eu quero voltar para junto das minhas irmãs e não sei como…
-Não sei o que fazer mas conheço quem tem soluções para quase tudo, espera um pouco que eu venho já com novidades.
-Joana posso ir contigo?
-Esta bem vou tirar-te dai e assim podes pelo menos ver um pouco o meu mundo.
-Para onde vamos?
-Vais conhecer um amigo meu, chama-se Tónio, de certeza que vais gostar dele e ele terá a solução para o teu problema.
Sibilina, agora protegida pelo bolso da sua nova amiga, sorria enquanto Joana corria para casa do velho Tónio. Tónio era um velho bonacheirão que quando se encontrava com a sua amiga contava histórias da sua infância e enredava aventuras que transportava Joana em cavalgadas de sonhos, tinha ideias para tudo menos para a morte, dizia ele…A companhia da pequena menina enchia seu coração de animo, reformado da Câmara da Trofa, depressa arranjou uma maneira de se distrair, o trabalho árduo da manutenção de uma cidade valeu-lhe agora um descanso merecido na sua velha casa.
Um velho alpendre empinou-se à sua frente, Joana esticou seu braço e bateu à porta enquanto chamava pelo seu velho amigo.
-Tónio, oh! Tónio…Ajuda-me aqui
Rufos ajudava com o seu ladrar habitual.
-Vens a fugir do que?...Oh periquita.
-Tenho uma amiga que precisa da tua ajuda.
-Não vejo ninguém…Só o chato do Rufos.
-Esta aqui no meu bolso…
O velho homem caiu de joelhos no chão ao ver uma pequena estrela que olhava para si com um terno olhar, levemente passou os seus dedos nas pontas afiadas e sorriu.
-Como encontraste…
-Chega de explicações, depois conto…Tens alguma ideia para a por de volta no céu outra vez?
Tónio olhava à sua volta e tentava encontrar a solução, sentia os olhares a concentrarem-se nele quando de repente uma luz se acendeu na sua cabeça, com a sua idade ainda conseguia dar pulos de alegria. Joana, Sibilina e Rufos olhavam para ele atónitos com tamanho espectáculo.
-Já sei, Já sei como vou fazer…
-Como, Como vai ser?
-Vou usar a minha cana de pesca e com a experiência que já tenho de certeza que consigo lança-la outra vez para o céu mas a estrela terá que se agarrar bem para não voltar a cair.
Sibilina acenou com as suas pontas e aceitou a sugestão de Tónio que num ápice apareceu no alpendre com uma cana um pouco gasta pelo uso.
Espetou levemente o anzol em Sibilina e olhou para Joana.
-Chegou então a hora das despedidas.
-Sibilina, gostei de te conhecer…Não tornes a repetir a tua proeza porque o céu é bonito com a tua luz não nos prives de te ver a iluminar o céu ao lado da lua.
-Obrigado amigos, não vos irei esquecer quando estiver lá no alto; Joana não precisas de cortar o fio podes ficar com ele para que não te esqueças que na outra ponta estou eu a ver-te lá de cima.
Joana sorriu enquanto Tónio lançou com toda a força a jovem estrela em direcção ao céu, o carreto da cana corria sem parar e ao longe avistava-se uma luzinha a desaparecer no céu.
Sentados no degrau da casa de Tónio esperaram impacientemente por aquele momento, a noite chegou e a ponta de fio esticava-se em direcção ao céu onde todas as estrelas se apagaram para que só uma se enche-se de luz para agradecer a três bons amigos que fez na terra.
A menina que queria a lua...
Numa certa noite como em muitas outras, Íris e o seu pai António, sentavam-se no alpendre de sua casa e deslumbravam-se com a noite salpicada de estrelas que se expunham por cima deles. Íris amorfadava cada uma delas com os seus olhos de devorar o mundo e guardava na sua cabeça para mais tarde as contemplar nos seus sonhos.
Em absoluto silencio a admiração em redor daquele céu tão iluminado fazia a pequena menina a divagar em desejos porque, as estrelas ela guardava religiosamente debaixo da sua alçada, mas o seu desejo era maior que suas mãos, ela queria mais…
- Papá eu queria te pedir uma coisa!
Dito em plena melancolia como só uma criança sabe pedir, o pai já adivinhava um pedido impossível que teria de tentar concretizar para deleite da luz de seus olhos.
- Diz minha linda.
Tudo o que pedires o Papá te dará.
- O céu hoje esta tão lindo, não está?
- Sim, tantas luzinhas que se estendem por todo o lado…
- Papá. Dá-me a lua.
Quero a lua só para mim…
Aquele pedido deixou-o estático, a sua mente elaborava atalhos para fugir de tamanho trabalho, como iria ele desencantar outro pedido para que a sua filha esquecesse a lua.
- Mas filha, a lua não pode ser só tua, ela é de toda a gente que gosta de a admirar como nós estamos agora a fazer.
- Eu queria só para mim, é tão linda Papá!
- Íris ela esta tão alta, como é que o Papá chegaria lá?
- Com uma escada, com uma escada chegarias…
- Íris, com uma escada?
Com uma escada eu nunca conseguiria, e a nossa é muito pequena.
- Pedes outra escada ao Sr. Justino, o vizinho…
- Eu não vou agora pedir uma escada ao Sr. Justino.
- Por favor Papá!
O seu olhar esbugalhado, quase envolto em lágrimas para acentuar o seu desejo, fizeram derreter o coração deste pai que se viu envolto numa tarefa para demonstrar o amor que tinha pela sua filha, porque pedidos impossíveis não existem, existem sim, é empenhos fúteis.
- Espera aqui por mim e não saias daí…
- Vais dar-ma?
- Vou ver se posso!
Levantou-se e pousou suavemente a sua filha, despedindo-se com um leve toque nas suas tranças. A mãe acercava-se á porta olhando a silhueta do marido a dirigir-se para a garagem.
-Mamã, Mamã! O Papá vai dar-me a lua!
Íris correu para a sua mãe em tamanha alegria abraçando-a pela sua cintura enquanto os olhos da mãe deixavam cair uma pequena lágrima que prontamente secou com as mangas da camisola.
Um chiar intenso rasgava o silêncio daquela noite, era António que carregava uma escada de alumínio que com grande maneio esticou e encostou à fachada de sua casa. Cláudia olhava-o com esperança de ouvir a justificação para aquilo, mas a sua curiosidade obrigou-a a perguntar:
- António o que vais fazer com essa escada?
- Vou dar o maior presente que jamais poderia dar à minha filha.
- Mas não és capaz!
Já as costas voltadas de António se despediam dos comentários de sua mulher, Cláudia incrédula agarrava-se à pequena miúda e seguia a sombra de seu marido que se embrenhava na escuridão em direcção da casa do vizinho. A casa do Sr. Justino era pegada à sua, por isso de imediato a campainha soou alarmando o seu dono.
Um velho bonacheirão acercou-se à porta e admirado com a presença de António aquela hora perguntou-lhe assustado:
- António aconteceu alguma coisa, homem?
- Boa noite Justino, desculpe chateá-lo a esta hora mas precisava de um favor seu…se fosse possível.
- Desembuche, homem…
- Empresta-me a sua escada, por um momento.
- Vens pedir uma escada a esta hora da noite?
- Sim eu sei que é um pouco estranho mas a minha filha quer a lua e eu quero dar-lha!
Resmungando pelo caminho, Justino lá emprestou a sua escada que se encontrava na sua oficina.
António correu até casa e escalou a sua enquanto amparava o peso da escada de Justino que batia incessantemente nos degraus, António abriu a escada e apoiou os pés em cima da escada pousada e equilibrou-a, mas precisava de mais, só duas não chegavam para atingir o seu objectivo. Desceu a toda à pressa e olhou fixamente para Justino que o seguira, incrédulo no trabalho do vizinho.
- Preciso de escadas, não conhece quem as tenha?
O vizinho já se interrogava se António tinha perdido o juízo ou se estava a dormir e que tudo aquilo não passava de um sonho.
- Bem, tem o Torcato, o Belmiro, o Seixas, o Andrade, o Chico, o Rui da vinha, o Júlio…
António percorrera toda a sua rua e pedia o mesmo a todos, uma escada a maior que possuísse. Toda a noite António desgarrado trepava as escadas com afinco e apoiava as outras com bastante cuidado, uma após outra e após outra e após outra.
Nesta jornada sem fim já uma pequena multidão se aglomerava em torno de sua casa olhando para o céu que já parecia tão próximo com o avançar de tantas escadas.
A sua rua não chegava para alcançar a altura em escadas, São Coronado era pequeno para tanta ânsia de escadas toda a Trofa ele calcorreou em demanda de escadas, e escadas e mais escadas, chegava a casa e encavalitava até ao seu objectivo, já sentia o atropelo da multidão que clamava o seu nome, incentivando o seu desejo.
Íris olhava com sua mãe a escalada que talvez fosse a ultima para António.
- O Papá demora tanto tempo a chegar lá…
- Filha, a lua está muito longe, não te preocupes, em breve ele chega.
António exausto, descia a pouco e pouco a escada que instalou até à pérola desejada por sua filha, ao tocar no solo soltou um grito de triunfo:
- Consegui, eu consegui querida!
A pequena arregalou seus olhos cor de avelã e iluminou-se com um sorriso que atingiu toda a multidão que se acotovelava no seu jardim.
- Dá-ma Papá!
- Eu não consigo trazer-ta…
- Consegues, consegues…
O pobre pai sentiu-se derrotado com as palavras de sua filha, cruzou um triste olhar com o de Cláudia que a segurava em seus braços, num rápido movimento Cláudia pousou a sua filha no chão do alpendre e entrou de rompante em casa, António olhava à sua volta e milhares de caras fixavam-se em si; o espanto do seu feito revelava-se em suas faces. Cláudia sai esbaforida de casa e corre em direcção de António acercando-se dele com vários novelos de lã do seu tricot, suavemente afaga as suas mãos e repousa um beijo na sua testa.
Decidido sobe uma ultima vez as ultimantes escadas, que se perfilhavam às milhares sob o olhar ansioso de Íris que aguardava que seu pai regressasse de tão difícil tarefa. António chega esbaforido à lua e rodeia o planeta com um delicado fio que aperta suavemente o branco angélico que brilha sobre nós, desce apressadamente dando nós nos novelos que se finam em desenrrolos de quilómetros. Chegado ao chão com uma ponta de fio que não tinha fim, dirige-se à sua filha e amarra o fino fio em seu pulso…
- Aqui tens o que te prometi!
A lua, é toda tua…
Íris não conseguiu conter duas pequenas lágrimas que se soltaram enquanto abraçava seus pais envoltos num rufar de palmas que acordaram toda uma cidade adormecida.
abraço...
domingo, 9 de janeiro de 2011
macieira-um conto para quem gostar de ler
anjo
afundei a minha essencia
descobri luz em cor aveludada
embrunhei para abracar,
mas era um sonho...
deixas-te o teu toque, de anjo...
primeiro beijo
Era preservar um momento,
A intromissao desmedida
Da minha lingua na sua boca,
Em busca do sabor eterno
Seus labios cambaleavam
Em humidos trajectos
Sabores nunca encontrados,
Naquela boca...
Juncao de fluidos envoltos
Em sonhos...
Misterios descobertos.
Sabor eterno...